Por Kátia Mello
A antropóloga africana americana e diretora executiva da ONG Afrodiáspora, Sheila S Walker esteve rodando o Brasil para lançar seu último livro Conhecimento desde dentro – os afro-sul-americanos falam dos seus povos e suas histórias. Sheila, que também é cineasta, conjuntamente com o livro lançou o filme Rostos familiares, lugares inesperados – uma diáspora africana global, em que aborda os universos da diáspora africana.
Sheila foi diretora do Programa de Estudos da Diáspora Africana e professora de Antropologia no Spelman College, uma universidade de mulheres afro-americanas em Atlanta, no Estado da Georgia, e antes dirigia o centro de estudos africanos e africano americanos da Universidade de Texas, em Austin. Ela tem feito pesquisas, dado palestras, e participado em atividades culturais na maioria dos países da África e da Diáspora Africana Global.
Nesta conversa com a coluna Geledés no debate ela ressalta a importância de se conhecer a história da diáspora africana. A antropóloga, que visita o país desde a década de 80 , também apontou as diferenças que hoje encontra em relação ao posicionamento da população sobre as questões raciais.
Geledés – Como surgiu seu interesse pela diáspora africana?
Estudei em Bryn Mawr College (na Pensilvânia, EUA) – uma universidade da elite branca -, sendo a única negra de minha classe. Entendi que era necessário haver um equilíbrio para compensar a minha educação eurocéntrica. Neste contexto, resolvi fazer parte de um intercâmbio universitário e fui morar, na década de 60, na casa de uma família maravilhosa, pan-africanista, na cidade de Foumban, capital do reino do povo Bamum, na República dos Camarões. Morar com essa família foi a experiência mais importante da minha vida, sobretudo em relação à diáspora africana. Foumban era um lugar fascinante, onde havia um palácio. No começo do século XX, o rei Ibrahim Njoya havia criado um sistema de escritura para o seu idioma no qual havia escrito manuscritos com a história de seu povo. Também havia criado escolas, que os colonialistas franceses fizeram questão de fechar para que não houvesse uma fonte independente de pensamento. A minha família pan-africanista me perguntava se eu conhecia grandes personalidades negras como o cantor Sparrow, de Trinidade no Caribe e o Pelé do Bresil. Eu não tinha essa consciência internacional ainda, mas comecei a refletir sobre os afrodescendentes (uma palavra que não se usava na época) no mundo, como uma extensão de uma grande família africana.
“Durante três séculos a base populacional do continente foi africana. Se não conhecermos essa base demográfica, como podemos entender as Américas?”
Geledés – E como vieram os estudos sobre os afrodescendentes na América?
Passei a ficar curiosa sobre a diáspora africana. Nos Estados Unidos, por exemplo, diziam que nos éramos o único grupo étnico que nao tinha cultura — o que não me agradava e claro que não o acreditava. Eu queria escrever sobre a cultura do meu povo e estudar outras culturas da diáspora para conseguir compará-las. Fiz um doutorado em antropologia, sem, no começo, saber que era uma disciplina racista e colonialista. Foi uma luta estudar com professores racistas e posso dizer que todos os meus estudos são antirracistas e minha ideia principal era e continua a ser tornar conhecidas as nossas culturas, a nossa africanidade. Primeiro embarquei para a Bahia, onde fui para passar duas semanas e acabei ficando três meses (risos). Foi ótimo conhecer a africanidade da Bahia. Depois passei por Minas Gerais e Maranhão para conhecer fenómenos culturais afro-brasileiras. Viajei, então, para outros países na América Latina e dessas viagens saiu o livro Conhecimento desde dentro: Os afro-sul-americanos falam de seus povos e suas historias (Kitabu Editora). Ainda faltam? visitar Guiana e El Salvador para completar minha jornada. Por todos os países que passei, pude constatar a africanidade. Mesmo naqueles em que dizem não haver afrodescendentes — tais como Argentina, Bolivia, Paraguai e Chile.
Geledés – Existem mitos sobre a escravidão que desprezam o conhecimento da população africana que veio para as Américas. Neste sentido, como repensar a história dos negros no continente?
Precisamos repensar a escravidão, porque o que aprendemos nos livros são mentiras. Entre elas está a de que os africanos chegaram nas Américas apenas como braços e corpos e não como cabeças pensantes. Não aprendemos quais as tecnologias esses africanos trouxeram e que foram utilizadas pelos europeus. Os europeus davam nomes às costas africanas que designaram as tecnologias conhecidas pelos africanos da região. Então, por exemplo, existia a Costa dos Cereais de onde vinha o arroz, a Costa da Mina, de onde vinha o ouro. Quando os portugueses “descobriram” o ouro das Américas foram “recrutar” — escravizar — africanos de locais onde já havia de minas de ouro. Se pensarmos no Brasil, por exemplo, os africanos trouxeram a tecnologia da extração do ouro. Adoro uma frase que li sobre Ouro Preto (MG). Dizia-se que a presença de africanos que os portugueses chamaram de “negros minas” nas minas trazia “uma sorte quase mágica”. Sorte ou conhecimento? Outra coisa: o primeiro arroz cultivado nas Américas veio da África. Era um arroz domesticado na África chamado Oryza glaberima. Só depois veio o arroz asiático. Portanto, temos que repensar a escravidão e quais foram as contribuições dos africanos para a nossa cultura.
Geledés– Que outros conhecimentos eles trouxeram que não constam nos livros de história?
Entre as técnicas trazidas pelos africanos escravizados, a senhora menciona o mergulho em profundidade para a busca de pérolas.
Uma das primeiras riquezas encontradas nas Américas foram pérolas. No Arquipélago das Pérolas, no Panamá, no Oceano Pacífico, os mergulhadores africanos iam buscá-las. Eram mergulhadores com técnicas muito específicas, detentores de um conhecimento que só pertenciam a eles e que não era compartilhado com mais ninguém.
Geledés – Existe um grande esforço em alguns países sul-americanos de preservação da cultura quilombola, como a Colômbia. Quais nações latinas melhor fazem esse trabalho e como avalia o Brasil neste contexto?
Na Colômbia existe o quilombo Palenque de San Basilio, ou simplesmente Palenque (povoado localizado a cerca de 50 quilômetros ao sul de Cartagena) que tenha permanecido isolado e preservado melhor do que outras comunidades também quilombolas seus costumes. Uma antropóloga escreveu sobre San Basilio e assim passou a ser tão conhecido. E o governo colombiano apoia essa comunidade. Na América do Sul, me aparece que o país que está fazendo mais pelos quilombolas é o Brasil no sentido de prover títulos aos territórios. Mas também, obviamente, é no Brasil onde existe o maior número de quilombos, se formos comparar ao resto da América Latina. Na Jamaica, há um festival em que se comemora um tratado dos quilombolas assinado pelos ingleses em 1700. É a maneira desses quilombolas de recordarem a história heroica de seu povo. Em todo mês de janeiro, eles fazem uma festa, inclusive com a presença de representantes governamentais.
“É um momento propício para enxergamos além das fronteiras. A minha identidade é que sou da diáspora global. Precisamos desenvolver nossas identidades que vão além-mares e falarmos mais sobre nossas culturas”
Geledés – Estamos vivendo um desmantelamento da preservação da cultura afro-brasileira, com ameaças, inclusive, de desmonte do Museu Afro-Brasileiro, em São Paulo. Como analisa este momento político na vida da população negra brasileira e quais os impactos deste tipo de iniciativa para o Brasil?
Vejo que é um período difícil. Tive esperança no Brasil, uma vez que 54% da população são afrodescendentes e imaginei, portanto, que não fossem votar numa pessoa assim. Infelizmente tive uma surpresa infeliz. A ideia de fechar o melhor museu do mundo negro é um crime. Gosto do nosso Museu Nacional de Historia e Cultura Africana Americana, mas o meu preferido é o de São Paulo. Não consigo nem imaginar alguém querendo fechar um museu que representa a maior parte da população brasileira. Mas vejo algo de positivo: as pessoas estão se tornando mais conscientes sobre os nossos governos, e neste sentido, precisamos nos organizar mais e lutar mais, fazer mais pesquisas e análises a partir de nosso ponto de vista. É também um momento propício para falarmos mais sobre nossas culturas e imaginar as nossa identidades além das fronteiras nacionais. A minha identidade é que sou da diáspora africana global.
Geledés – Há quatro décadas a senhora visita o Brasil. O que tem a dizer sobre as mudanças que vê em relação à população negra durante este período?
Tenho visto muitas mudanças no Brasil desde que comecei a visitar o país. Quando cheguei pela primeira vez na Bahia, duas coisas me impressionaram: a africanidade e a negação dos próprios afrodescendentes sobre o racismo. Nos anos 80, passei bastante tempo viajando pelo país, especialmente pela Bahia, e era difícil para mim falar sobre racismo. As pessoas me diziam que tinham pena de mim, proque havia segregaç~çao racial nos Estados Unidos — quase duas décadas depois do fim da segregação oficial. Naquela época nós africano americanos tínhamos passado por vários processos, como o movimento Black is beautiful. O Brasil estava atrasado em relação a isso. Se eu estava num bairro bonito, não havia negros. E muitos afro-brasileiros me diziam ah, são apenas diferenças econômicas. Ninguém queria falar sobre esse tema proibido do racismo. Hoje as pessoas falam muito sobre o racismo, muito mesmo. Nos Estados Unidos não precisamos aprender sobre racismo estrutural porque vivíamos o racismo estrutural. Ainda bem que os brasileiros deixaram de acreditar na democracia racial, essa bobagem. E fico feliz em ver afrodescendentes em lugares onde não estavam antes. Hoje vejo negros e negras fazendo doutorado! Uauau! Isso é muito bom! Mas ainda estou muito freqüentemente a única negra em aviões. Quero ver os negros brasileiros em todos os lugares, nos aviões como tripulantes, pilotos, precisamos ocupar os nossos lugares em todas partes das nossas sociedades.
Geledés – Ainda sobre a perspectiva de reconstrução histórica, a demografia das Américas era composta por um contingente populacional muito maior africano do que europeu. De que maneira esses valores africanos poderiam ser redimensionados?
Hoje sabemos que entre 1500 e 1800 dos 6, 5 milhões de pessoas que atravessaram o Atlântico para chegar às Américas, apenas um milhão veio da Europa. 5,5 milhões vieram da África! Ou seja durante os primeiros três séculos do desenvolvimento das novas sociedades das Américas, a base populacional, foi africana. Se não conhecermos essa base demográfica, como podemos entender as Américas?
Dra. Sheila S. Walker
Sheila S. Walker, doutora em antropologia, é Diretora Executiva de Afrodíáspora, Inc., uma organização sem fins de lucro que cria documentários e materiais didáticas sobre a Diáspora Africana Global. A Dra Walker era Diretora do Programa de Estudos da Diáspora Africana e Professora de Antropologia no Spelman College (uma universidade africana americana de mulheres) em Atlanta, Georgia, e Diretora do Centro de Estudos Africanos e Africanos-Americanos e Professora de Antropologia na Universidade de Texas em Austin. Ela tem feito pesquisas, dado palestras, e participado em atividades culturais na maioria dos países da África e da Diáspora Africana Global. Entre as suas múltiplas publicações são os livros: Raízes Africanas/Culturas Americanas: África na Creação das Américas(inglês) e Conhecimento desde dentro: Os afro-sul-americanos falam de seus povos e suas historias (Kitabu Editora, Rio de Janeiro). Foi produtora dos documentários Africa Dispersa: Rostos e vozes da Diáspora Africanae Rostos Familiares: Lugares Inesperados: Uma Diáspora Africana Global.
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SHEILA S. WALKER, PhD
Executive Director
Afrodiaspora, Inc.
540 N St. SW
Washington, DC 20024
(202) 243-8399
afrodiaspora@mac.com
www.afrodiaspora.net
EMPLOYMENT
Executive Director, Afrodiaspora, Inc.
Director, African Diaspora and the World Program, Professor of Anthropology, Spelman
College, 2004-05.
Distinguished Visiting Professor, Spelman College, Social Sciences, 2003-04, Humanities 2002-03.
Director, Center for African and African American Studies, Professor of Anthropology, Annabel Irion Worsham Centennial Professor, College of Liberal Arts, University of Texas at Austin, 1991-2001.
William Allen Neilson Visiting Professor, Department of African American Studies, Smith College, Northampton, MA, Spring, 1992.
Professor, Department of Anthropology, College of William and Mary, Williamsburg, VA, 1989-91.
Associate Professor, University of California at Berkeley, Department of African American Studies, 1986-89; Graduate School of Education, 1981-86; Assistant Professor, 1973-81.
Scholar-in-Residence, Schomburg Center for Research in Black Culture, New York, 1987. Visiting Associate Professor, Department of Anthropology, City College of the City University of New York, Fall, 1987.
EDUCATION
University of Chicago, Ph.D in Anthropology, 1976; M.A., 1969.
Bryn Mawr College, B.A. cum laude in Political Science, 1966.
Sorbonne and Institut d’Etudes Politiques, Paris, 1964-65.
LANGUAGES
French, Portuguese, Spanish
MEDIA
Producer
Familiar Faces/Unexpected Places: A Global African Diaspora, Afrodiaspora, Inc. (with
English, Portuguese, Spanish, French subtitles), 2018.
Scattered Africa: Faces and Voices of the African Diaspora, Afrodiaspora, Inc, 2017 (2001).
Africa on the Pacific: Esmeraldas, Ecuador, Afrodiaspora, Inc., 2010.
Slave Routes: A Global Vision, co-produced with Georges Collinet Productions, for the UNESCO Slave Route Project, 2010.
On-Camera Talent New World, New Forms, PBS “Dancing” series, Orlando Bagwell, producer, Roja Productions, Boston, MA; aired, May 17, 1993.
Bahia: Africa in the Americas, Broadcast Video Productions, Boston, 1987; aired WGBH-TV, Boston, July, 1988.
“Women in the Third World” and “Traditions and the Twentieth Century,” two of thirteen-part “Global Links” series on development issues, co-produced by the World Bank and WETA-TV, Washington, DC, 1987; aired Oct., 1987.
Executive Producer
Ten short features on Senegalese culture, with Brewer Media Associates for “This Week in Black Entertainment,” Black Entertainment Television (BET), June-July, 1989.
Six short features on Martiniquan culture with Brewer Media Associates, Black Entertainment Television (BET), February, 1991.
Consultant
Dark Passages, documentary about the transatlantic slave trade, Senegal and Williamsburg, VA, Black Entertainment Television (BET), aired April, 1990.
Photography Exhibits
Popcorn for St. Lazarus: Afro-Brazilian Images, Spelman College Year of the African Diaspora, 2003-04; and “The African Diaspora and the Modern World Conference,” the United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization (UNESCO) and the University of Texas, Austin, TX, February, 1996.
The African Presence in the Western Hemisphere, The Schomburg Center for Research in Black Culture, New York, 1991. Photographs of Brazil and Suriname in exhibit.
Introspectives: Contemporary Art by Americans and Brazilians of African Descent, California Afro-American Museum, photographs of Afro-Brazilian culture in contextual exhibit, Feb.-Nov., 1989.
“Afro-Brazil: Candomble/Carnival/Festivals,” DuSable Museum of African American History, Chicago, 1987-88.
PUBLICATIONS
Literary
“Pacific America is So African!” Delmarva Review, Vol. 8, 2015.
Scholarly
Books
Conhecimento desde dentro: Os afro-sul-americanos falam de seus povos e suas histórias, editor, (Viviane C. Antunes translator). Rio de Janeiro, Brazil: Kitabu Editora, 2018.
Conocimiento desde adentro: Los afrosudamericanos hablan de sus pueblos y sus historias (Knowledge from the Inside: Afro-South Americans Speak of their People and their Stories), editor. La Paz, Bolivia: Programa de Investigación Estratégica en Bolivia (PIEB), 2010; Popayán, Colombia: Editorial Universidad del Cauca, 2013.
African Roots/American Cultures: Africa in the Creation of the Americas, editor. Lanham, MD: Rowman & Littlefield Publishers, 2001.
The Religious Revolution in the Ivory Coast: The Prophet Harris and the Harrist Church. Chapel Hill, NC: University of North Carolina Press, 1983.
African Christianity: Patterns of Religious Continuity, co-edited with George Bond & Walton Johnson. New York: Academic Press, 1979.
Ceremonial Spirit Possession in Africa and Afro-America. Leiden, Netherlands: E.J. Brill, 1972.
Editor
“Notes from the ABA,” Newsletter of the Association of Black Anthropologists, 1978-82.
“Black Anthropology,” The Black Scholar, special issue, co-edited with Johnnetta Cole, Vol. 11, Nos. 7 & 8, Sept.-Oct., and Nov.-Dec. 1980.
“New Perspectives on Black Education,” Anthropology and Education Quarterly, special issue, Vol. 9, No. 2, Summer, 1978.
Articles
“Recolocando los pedazos de Osiris/Recomponiendo el rompecabezas: La diáspora africana en la América del Sur hispanohablante,” Introduction to Conocimiento desde adentro: Los Afrosudamericanos hablan de sus pueblos y sus historias, Sheila S. Walker, editor, La Paz, Bolivia: PIEB, 2010; Popoyan, Colombia: Editorial Universidad del Cauca, 2013; América Neg(r)ada Nº 1, Cátedra Libre de Estudios Afroargentinos y Afroamericanos de la Universidad Nacional de La Plata, Argentina, 2015.
“Milestones and Arrows: A Cultural Anthropologist Discovers the Global African Diaspora,” Journal of African American Life and History, Vol. 100, #3, Summer 2015.
“Du Roi Njoya à la Diaspora Africaine Mondiale: Un Témoignage d’une Africaine- Américaine,” Le Roi Njoya: Créateur de Civilisation et Précurseur de la Renaissance Africaine. Hamidou Komidor Njimoluh, editor. Paris: Harmattan, 2014.
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Popular Articles
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FELLOWSHIPS AND GRANTS
Inter-American Foundation grants for workshops in Ecuador 2007 and Bolivia 2010 of the Grupo Barlovento, Spanish-speaking Afro-South Americans gathered to reflect on their communities in the context of their nations, and develop the edited volume, Conocimiento desde adentro: Los afrosudamericanos hablan de sus pueblos y sus historias, Sheila S. Walker, editor. La Paz, Bolivia: PIEB, 2010.
United Negro College Fund Special Projects Cross Hemispheric Partnership grant to create links between Historically Black Colleges and Universities and Afro-Latin American Organizations, Spelman College, 2003-04.
Kellogg Foundation, Education, Culture, and Development in Afro-Latin America, 2001
United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization (UNESCO) grant in the context of United Nations International Year for Tolerance, to organize a conference on “The African Diaspora and the Modern World,” University of Texas at Austin, 1996.
National Research Council Senior Postdoctoral Research Grant Spencer Foundation Grant, School of Education, University of California, Berkeley Social Science Research Council Postdoctoral Field Research Grant Faculty Development Grant, University of California, Berkeley African-American Scholars Council Research Grant Ford Foundation Fellowship for field research in AfricaKent Fellowship, Danforth Foundation NDEA Title IV Graduate Fellowship
PROFESSIONAL ACTIVITIES AND CONSULTING
Conference/Workshop Organizer
“Generando Conocimiento desde Adentro.” Workshops of the Grupo Barlovento, a group of Spanish-speaking Afro-South Americans coming together to develop texts and curricula about their communities, Venezuela 2003, USA 2003, Ecuador 2007, Bolivia, 2009.
“The African Diaspora and the Modern World.” International conference sponsored by the United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization (UNESCO) and the University of Texas, Austin, TX, February, 1996.
International
Member of Official Jury,Tenth Festival Panafricain de Cinéma de Ouagadougou (FESPACO), Ouagadougou, Burkina Faso.
Fulbright Specialist, Ministry of Culture of Colombia.
Member, International Scientific Committee, UNESCO General Histories of Africa 9th volume.
Keynote Speech, United Nations, Remember Slavery Programme, Commemoration of the Victims of the Trans-Atlantic Slave Trade and Slaver, March 2016.
Keynote Speech, Third World Festival of Black Arts, Dakar, Senegal 2011.
Member, International Organizing Committee, Third World Festival of Black Arts, Dakar, Senegal, 2006-2010.
Member, International Scientific and Technical Committee, Slave Route Project, UNESCO, 1994-2008.
Lecturer for African American History Month for U.S. Embassies in Honduras, Peru, Ecuador, Colombia, Panama, Nicaragua, Bolivia, Mauritius, Angola, Mozambique, 2001-10.
Mentor Trainer, College Horizons Program, U.S. State Department, Peru, Venezuela, Bolivia, Nicaragua, Brazil, Colombia, Haiti, Ecuador, Panama 2006-11.
Lecturer, Instituto Superior de Formación Afro, Organizaciones Mundo Afro, Montevideo, Uruguay, March 2000.
International Executive Committee, Institut des Peuples Noirs, Ouagadougou, Burkina Faso, 1986-91.
Organizing Committee, First Summit Meeting of African Heads of State and African American Leaders, Abidjan, Côte d’Ivoire, April, 1991.
Delegate, Gorée-Almadies Memorial Symposium, Dakar, Senegal, August, 1989.
Jury member, Tenth Festival Panafricain de Cinéma de Ouagadougou (FESPACO), Burkina Faso, February, 1987.
Official guest, Conference of the Club International des Amis du Senegal (CINAS), Dakar, Senegal, October, 1987.
Vice President, Symposium International sur la Création de l’Institut des Peuples Noirs, Ouagadougou, Burkina Faso, April, 1986.
Official guest, Journées Cinématographiques de Carthage, Tunis, Tunisia, October, 1982.
President of Seminar, “Inadaptation, famille et société: La question du père,” Point à Pitre, Guadaloupe, April, 1981.
Lecture tour–Senegal, Mali, Niger, Ivory Coast, Zaire–U. S. International Communications Agency (now U.S. Information Agency), Feb.-March, 1979.
Official guest, Festival Panafricain de Cinéma de Ouagadougou, Upper Volta, February, 1979.
Cultural advisor and writer, Essence Magazine, issue on Senegalese culture and women, March-July, 1978.
Development Consulting
Team Leader, National Council of Negro Women International Division evaluation of rural development projects, Senegal, Zimbabwe, Botswana, Mozambique, June-July, 1989.
Management Training Specialist, AGRHYMET (Agro-hydro-meteoro-logical) Sahelian Regional Program, Niamey, Niger, for the United Nations World Meteorological Organization, Nov.-Dec., 1987.
Team Leader, United Nations Development Programme (UNDP) nutritional surveillance project identification team, Mali and Burkina Faso, June-July, 1986.
Social Analyst, Africare, Washington, DC, integrated rural development project evaluation and design team, Burkina Faso, June, 1985.
Socio-Economic Analyst, Africare, Washington, DC/Somali National Refugee Commission refugee agricultural resettlement project, Mogadishu and Jalalaqsi, Somalia, 1984-85.
Social Soundness Analyst, United States Agency for International Development (USAID) and Center for Research in Economic Development (CRED), University of Michigan, renewable energy project design team, Senegal, Nov.-Dec., 1979.
United States
Steering Committee/Board, Association for the Study of the Worldwide African Diaspora (ASWAD), 1999-2007.
Chair, Education and Culture Expert Committee, National Summit on Africa, 1998-2000.
Consultant, The African Burial Ground Project, 1995-2000.
Advisory Committee, African Voices Project, National Museum of Natural History, Smithsonian Institution, 1995-98.
Board of Directors, West Africa Research Association, 1995-97.
Consultant for Africa and the African Diaspora, for permanent exhibit on Africa and the African Diaspora. The Africa Project, Field Museum of Natural History, Chicago, 1990-93.
Advisory Council, African Development Foundation, Washington, DC, 1991-93.
Advisory Committee, Constituency for Africa, Washington, DC, 1991-94.
Editorial Board, Anthropology and Humanism Quarterly.
Consultant, Humanities Summer Workshop, Lincoln University, Lincoln University, PA, May, 1989.
Scholar-in-Residence, The Institute for the Advanced Study of Black Family Life and Culture, Inc., Oakland, CA, 1984-85.
Black Filmmakers Hall of Fame, Oakland, CA, Education committee, Film symposium committee, 1981-84; Film competition judge, Feb.1983.
Anthropological Consultant, The Social Context of Learning in Bilingual Classrooms Project, School of Education, University of California, Berkeley, 1981.
Research Planning Forum, “Psychosocial Perspectives on the Jonestown Phenomenon,” The Fanon Research and Development Center, San Francisco, CA, May, 1980.
Anthropological Advisor, Alex Haley’s Kinte Black Genealogy Project, 1973-74.
Fonte: Portal Geledés