Em fevereiro, representantes do FOPIR visitaram o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), na Gamboa, Zona Portuária do Rio Antigo, conhecida como Pequena África. O IPN abriga o sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos. O cemitério esteve ativo entre 1779 e 1830.
Registros encontrados na Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro indicam o sepultamento de cerca de 6 mil pessoas. Estima-se, no entanto, que sejam cerca de 80 mil pessoas negras tenham sido depositadas na área que abrange todo o Cemitério (originalmente situado em Frente ao Largo de Santa Rita e transferido, em 1769, para o Valongo até 1830).
Na época, não havia funeral para os africanos recém-chegados, nem para os que morriam no período de quarentena ou durante o processo de exploração do trabalho feito pelos escravizados. O sepultamento era praticado de forma brutal: amontoavam-se os corpos no centro do terreno até que fossem enterrados e, posteriormente, queimados.
Hoje, um grupo de pesquisadores e especialistas voluntários, realizam escavações no achado arqueológico. Em janeiro deste ano, foram encontradas as primeiras evidências de ossos articulados no local.
O FOPIR apoia integralmente as ações desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos.
Acesse: http://www.pretosnovos.com.br/