No Dia Internacional Contra a Homofobia (17/05), o FOPIR reforça que a raça é fator estruturante nas relações sociais, econômicas, políticas e simbólicas no Brasil. Raça é um fator tão relevante que culmina em desigualdades, violências e morte física em nosso país. Esse quadro reaparece nas relações motivadas pela homofobia, lesbofobia e LGBTIfobia.
Cada assassinato de uma pessoa lésbica, gay, bissexual, trans e intersexual, além da morte física, simboliza o linchamento público impregnado de ódio e intolerância. Se o gay, a lésbica ou a pessoa trans forem negros, o ápice deste linchamento – seja feito pelo indivíduo ou pelos agentes do Estado – resulta na dilaceração deste corpo negro.
Um dos casos mais emblemáticos foi o de Luana Barbosa dos Reis (fazer link), cujo espancamento durante uma abordagem policial, a levou ao óbito por complicações oriundas de um traumatismo craniano. Ela foi brutalmente agredida na rua onde morava após ter solicitado que fosse revistada por uma policial feminina. Luana Barbosa dos Reis era lésbica e negra.
O “Relatório de Violência Homofóbica no Brasil: ano 2013” registrou que 39,9% das vítimas de violências homofóbicas são negras (pretos e pardos), seguidos por 27,5% dos brancos. As pessoas negras gays, lésbicas e trans são as mais vitimizadas pela violência homofóbica no Brasil.
O FOPIR reafirma seu compromisso na luta contra o racismo, a opressão de gênero e a LGBTIfobia.