Como a política pode ter a nossa cara?

Fonte: Redação Revista Trip

Como a política pode ter a nossa cara? / Foto: Reprodução – Revista Trip

 

Plataforma #MeRepresenta mapeia candidaturas pró-direitos humanos para eleger mais representantes das mulheres, da população negra e LGBT no legislativo

No dia 7 de outubro, iremos às urnas para a votação do primeiro turno das eleições 2018. Para ajudar os eleitores, o coletivo #MeRepresenta lançou uma plataforma estratégica para a seleção de candidatos a deputado federal, deputado estadual e senador aliados às pautas de direitos humanos. Conectar eleitores a candidaturas é o grande propósito do #MeRepresenta que reúne os coletivos Rede Feminista de Juristas#VoteLGBTBlogueiras Negras e Fundação Cidadania Inteligente e conta com o apoio da Ben & Jerry’s.

Para participar, basta acessar o site e indicar a prioridade de 22 pautas sobre 9 temas (Gênero; Raça; LGBT; Povos Tradicionais e Meio Ambiente; Segurança e Direitos Humanos; Corrupção; Trabalho, Saúde e Educação; Drogas; e Migrantes). Essa seleção resulta em um ranking de candidatos que priorizam as pautas indicadas pelo eleitor, considerando também o comprometimento dos partidos. Trip conversou com Evorah Cardoso e Charô Nunes, que são diretoras da plataforma #MeRepresenta, para saber mais sobre representatividade política.

Revista Trip: Como vocês entendem a falta de representatividade política?

Evorah Cardoso: Um dos fatores é a distribuição dos fundos partidários entre os partidos sem considerar questões de raça e gênero. As mulheres negras, por exemplo, ocupam na Câmara dos Deputados apenas 0,39% das vagas, e elas são 27% da população.