FOPIR: as mulheres negras e o Dia Internacional da Mulher

Neste Dia Internacional da Mulher, o FOPIR chama atenção para as mulheres negras jovens, quilombolas, feministas, cristãs, lésbicas, trans, bissexuais, religiosas, idosas, pescadoras, ribeirinhas, empreendedoras, intelectuais, artesãs, estudantes, comunicadoras, ativistas, parlamentares, professoras, gestoras, sem terra, periféricas, mães, trabalhadoras domésticas, sem-terra, ruais, mães, autônomas, e tantas outras.

O FOPIR está em luta ao lado dessas mulheres para combater as desigualdades de gênero e raça, fatores determinantes na experiência cotidiana das mulheres negras no Brasil. Racismo e o sexismo agem perversamente, determinam as relações de poder, limitam o exercício do direito à vida, à saúde, ao trabalho, à educação e impõem barreiras à mobilidade social.

Estamos em luta ao lado dessas mulheres pelo fim do genocídio da juventude negra que esfacela as famílias negras diariamente no Brasil.

Estamos em luta ao lado dessas mulheres para que suas vozes sejam ouvidas, a sua luta ancestral reconhecida e suas dores reparadas. Permanecemos em alerta, sintonizados com a Marcha contra o Racismo e pelo Bem Viver, que reuniu 50 mil mulheres em 2015 em Brasília.

O FOPIR reconhece que o Brasil, a partir da experiência das mulheres negras, construirá coletivamente outra dinâmica de vida e ação política. Nestes tempos de crise, sem a participação delas, este país não retomará o caminho de volta rumo à plena democracia.